terça-feira, 3 de dezembro de 2013

A difícil tarefa de ser uma boa pessoa

Acabo de ver uma noticia de um bailarino russo que jogou ácido no diretor de um espetáculo, pois não havia sido escolhido para o papel, mesmo após de ter um breve romance com vítima. Fiquei lembrando de histórias equivalentes onde substancias corrosivas destruíram rostos de mulheres mulçumanas, nos países mais radicais, agredidas pela simples vontade de sentir o sol colorindo sua própria face. Pergunto-me por que é tão difícil viver e deixar que vivam em paz.
 
O problema nestes casos e em muitos outros, é que os humanos de hoje são joguetes de seus desejos, intenções firmemente enraizadas, que fazem do semelhante um inimigo, um antagônico, só por ousar não concordar com normas uma vez prescritas e ditadas. A verdade é que o homem busca desde sempre o poder de decisão como forma de controle soberbo, pretendendo distinguir-se dos demais, evidenciando ser alguém superior e luminoso.
 
É assim nas festinhas juvenis, no ambiente doméstico, na hierarquia profissional, em todos os círculos sociais. Este alto grau de dignidade intrínseca raramente é positiva e altruísta, desmerece a capacidade de escolher das outras pessoas, fazendo com que elas apenas obedeçam, sigam o mestre, sem nenhuma bagagem reflexiva. A vontade de ter, poder e ordenar é tão grande que os ditos subversivos ou excluídos viram figuras descartáveis aniquiláveis, em suas vidas tão diferentes, mas também essencialmente tão iguais.
 
As realidades estão sempre paralelas, mudam os nomes, os lugares, as aspirações mas estamos todos interligados, diariamente perante questões que transparecem o melhor e o pior que há em você. Ante a sede de vencer é preciso avaliar se o processo vale mesmo a pena, se tanta ansiedade em "ganhar" te levará próximo ao que você quer ser. Pois tudo vale se a alma não é pequena e a esperança no amor ainda pulsa. Boas escolhas e empatia é fundamental para que possamos viver bem, por hora cedendo, sem jamais soltar o volante da vida nem da ternura nela contida.
 
Beijinhos,
 
Axxxingenuina!

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